Ficha Técnica
A Bolandeira
LCurta • Documentário • 1968 • 11min
No sertão da Paraíba, as “bolandeiras”, os rústicos engenhos de madeira que fabricam mel e rapadura, operados por tração animal e humana, subsistem, mas se tornam raros, substituídos por equipamentos mais modernos, a motor. Um modo de vida está fadado a desaparecer.

Diretor: Vladimir Carvalho

Um dos mais importantes documentaristas do país, nasceu em 1935 em Itabaiana, na Paraíba. Começou a carreira escrevendo críticas para os jornais A União e Correio da Paraíba. Foi corroteirista de Aruanda (1960), de Linduarte Noronha, um dos documentários que marcaram o início do Cinema Novo. Logo depois, dirigiu com João Ramiro Neto o filme Romeiros da guia (1962), sobre a peregrinação anual de pescadores de João Pessoa à Igreja de Nossa Senhora da Guia. Em 1962, na Bahia, foi assistente de produção da primeira fase de Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho. Em 1967, dirigiu o curta A bolandeira, sobre os engenhos de cana de tração animal do sertão paraibano. De 1967 a 1971, fez seu primeiro longa-metragem, O país de São Saruê, durante longo tempo proibido pela censura. Em 1969, foi para Brasília lecionar na universidade e lá realizou Vestibular 70 (1970). Em seguida, fez três filmes de média-metragem: Incelência para um trem de ferro (1972), A pedra da riqueza (1975) e Brasília segundo Feldman (1979). Seguiram-se outros dois filmes: O homem de areia (1981) e O evangelho segundo Teotônio (1984). Em 1990, foi a vez do longa Conterrâneos velhos de guerra e, em 2001, Barra 68. Lançou em 2007 o documentário O engenho de Zé Lins, sobre o escritor José Lins do Rego

Roteiro: Vladimir Carvalho

Produção: Vladimir Carvalho

Poema: Jomar Morais Souto

Direção de Fotografia: Manoel Clemente

Montagem: João Ramiro Mello

Narração voz OFF: Paulo Pontes

Voz do poema: Echio Reis

Música: Alberto Nepomuceno e Batista Siqueira