Ficha Técnica
Funesto: Farsa Irreparável em Três Tempos
LLonga • Ficção • 1999 • 44min
Três homens escutam um programa radiofônico enquanto jogam um carteado. O programa narra funestas histórias verídicas, apesar de inverossímeis. A primeira história, que acompanha o jogo inicial de cartas, verseja sobre Ruso Apfestrudell, um inusitado galã, e suas sinistras práticas de galanteio, um autêntico papa-viúvas. O segundo caso narrado trata do crônico e final protelo de Odin Olmos, onde destrona e entrona a Morte, findando o segundo jogo carteado. O terceiro jogo trata do embate da poesia de um anjo coveiro e a realidade de um poeta augusto, durante o percurso de uma troça errante de carnaval em cortejo. As três histórias se reencontram ao fim do jogo de cartas, e locutor radiofônico ressoa que as verdades não são vistas, porém narradas.

O roteirista e Produtor Executivo graduado em Comunicação Social pela UFPB, Especialista em Roteiro de Cinema e Televisão pela Escuela Superior de Artes e Espectáculos (Espanha), Carlos Dowling começou na direção de cinema em 1999 com “Funesto – farsa irreparável em três tempos”, um filme que serviria como primeira experiência para toda uma geração nos anos 2000, na capital paraibana. Quase todos os jovens produtores, técnicos e realizadores eram iniciantes no set. Este primeiro trabalho já foi selecionado para Festival Guarnicê de Cine-Vídeo. Em seguida Dowling dirigiu “A sintomática narrativa de Constantino” e seu nome tornara-se conhecido no cenário audiovisual nacional nas Mostras competitivas do CINE PE e do Festival de Brasília, em 2001. Com God.O.Tv, o diretor voltou ao festival de Brasilia e chegou ao Festival Tela em Transe, em São Paulo. Em 2008, codirigiu com Shiko LELÊ, uma animação que chegaria a grandes festivais como Anima Mundi, o 4º.CINEPORT e como único brasileiro finalista participou do Hong Kong International Mobile Film Awards – HKIMFA, ganhando o prêmio de bronze melhor animação. Entre outros filmes, Carlos dirigiu Baptista Virou Máquina, uma ficção experimental que integrou a programação da Janela Internacional de Cinema do Recife. Toda essa filmografia e os desafios de realizar cinema na Paraíba no inicio dos anos 2000, serão temas desse vídeo onde o diretor que influenciou e de alguma maneira, coordenou nomes como Ana Barbara Ramos, Líuba Medeiros entre outros (que vieram a integrar a ABD-PB, o movimento cineclubista a Rede Nordestina Audiovisual – RNA e formar diversas produtoras) nessa empreitada de reunir uma equipe pra fazer cinema à todo custo no Nordeste dos anos 2000 e que seguem em plena atividade até os dias atuais.

 

Elenco: Vinícius Rodrigues, Adriana Arnaud, Lupércio Filho
Assistência de Direção: Tiago Penna
Roteiro: Carlos Dowling
Fotografia: Jane Malaquias
Assistência de Fotografia: João Carlos Beltrão
Operador de Câmera: Jane Malaquias
Assistência de Câmera: Jane Malaquias
Direção de Arte: Ariadne Costa, Ana Isaura Nogueira
Som: Márcio Câmara
Música: Cyran Costa
Montagem: Shirley Martins
Continuidade: Fernando Castor
Produção Executiva: Carlos Dowling
Produção: Ana Bárbara Ramos, Liuba de Medeiros, Tiago Penna
Cenografia: Ana Isaura Nogueira
Figurino: Ana Isaura Nogueira

 

Prêmios: Melhor Ator – Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba 1999, Prêmio ABD-MA (Melhor Filme Nacional) – Guarnicê do Maranhão – 1999